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Festival no MON mostra força do vinho paranaense à mesa e no turismo
IV Festival Vinopar do Vinho Paranaense, organizado pela Associação dos Vitivinicultores do Paraná (Vinopar), tem patrocínio do Governo do Paraná, por meio da Seab, e participação ativa do programa Revitalização da Viticultura Paranaense (Revitis), desenvolvido pelo Estado
Publicação
07/06/2025 - 13:13
Editoria
Agricultura e Abastecimento
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VINHO
Festival no MON mostra força do vinho paranaense à mesa e no turismo
Foto: Evandro Fadel/SEAB
O Paraná quer transformar a produção de uva e vinho em mais uma cadeia que possa atrair turistas para o Estado e congregar as comunidades em torno da atividade. Esse é um dos objetivos propostos no IV Festival Vinopar do Vinho Paranaense, que foi aberto neste sábado (07) e se estenderá até este domingo (08) no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. A entrada é gratuita.
"Na viticultura vocês são teimosos, porque não é fácil fazer a viticultura no Brasil, mas vocês têm demonstrado que é possível trabalhar bonito, de forma digna, e sobretudo com essa possibilidade de cooperação", disse o secretário de Estado de Cidades, Guto Silva, na abertura. "Continuem sendo bem paranaenses, bem teimosos para a gente poder gerar empregos e oportunidades", prosseguiu.
Representando o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, a diretora-geral da Secretaria, Camila Aragão, falou da satisfação de poder apoiar o evento. "Fico feliz com isso que está acontecendo aqui e desejo muito sucesso às vinícolas, pois é um belo trabalho, assim como o das queijarias", disse.
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Superintendente de Relações Institucionais do Governo do Estado, Renato Adur destacou a característica da viticultura de congregar as pessoas em torno de um propósito. "A uva não e só o suco, não é só o vinho, ela é a integração da cidade, é a festa, é produção de geleias, de doces, de tortas, ela congrega uma comunidade", acentuou. "Um governo que pensa no pequeno transformando e gerando empregos gera riqueza para toda a comunidade".
VINOPAR - O evento, organizado pela Associação dos Vitivinicultores do Paraná (Vinopar), tem patrocínio do Governo do Paraná, por meio da Seab, e participação ativa do programa Revitalização da Viticultura Paranaense (Revitis), desenvolvido pelo Estado. A estimativa é de que 1,2 mil pessoas prestigiem o festival, que tem cerca de 80 rótulos diferentes produzidos por 13 vinícolas, além de estande com queijos.
PRESENÇAS - Também participaram da abertura do festival o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, e o presidente em exercício do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Diniz Dias Doliveira.
“Mostramos aqui a qualidade do vinho paranaense, que está sendo premiado nacional e internacionalmente, pois estamos em um potencial muito bom de produção, desenvolvimento tecnológico e aperfeiçoamento", disse o presidente da Vinopar, Claudinei Bertoletti.
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Segundo ele, a experiência de degustar um bom vinho não deve ficar restrita ao festival. "É importante visitar as vinícolas e suas sedes espalhadas nos quatro cantos do Estado, tudo voltado aos enoturismo, e algumas com pousadas e restaurantes".
A entidade, que foi reconhecida com o título de Utilidade Pública em 2024, foi criada em 2017 e possui atualmente 15 vinícolas associadas nas regiões de Curitiba, Sul e Norte do Estado.
REVITIS - Em 2019, com o objetivo de revitalizar a viticultura paranaense, o Governo do Estado criou o Revitis. O programa se move em quatro eixos: incentivo para a produção, reorganização da comercialização, desenvolvimento do turismo e apoio à agroindústria.
Desde sua instituição, o Revitis fomentou a formação de 40 grupos com a participação de mais de 400 agricultores familiares e mais de R$ 7,5 milhões aplicados. Também foram aplicados mais de R$ 700 mil no viveiro de material genético de videiras no polo do IDR-Paraná em Santa Tereza do Oeste.
"É uma grande alegria para nós vermos que o programa Revitis e a Vinopar estão crescendo e o vinho do Paraná vem sendo sempre mais premiado, com mais qualidade", discursou o coordenador do Revitis, Ronei Andretta.
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PRODUÇÃO - A tradição da videira e do vinho veio ao Paraná com imigrantes europeus no século 19. O grande florescimento aconteceu entre 1930 e 1960, mas a partir daí doenças e pragas arrefeceram um pouco a cultura, que sobreviveu com novas tecnologias e porta-enxertos mais resistentes.
Nos últimos anos houve uma retomada forte com variedades trazidas de outras regiões e que se adaptaram bem ao solo paranaense também para uvas viníferas, de mesa e para suco. O Sul do Estado tem muito destaque, mas também se desenvolve nas outras regiões, particularmente em uvas de mesa.
O Valor Bruto de Produção (VBP) de 2023 apresentou 143 municípios com produção comercial de uvas de transformação em 1.513 hectares. Foram produzidas 15.774 toneladas, que resultaram em R$ 57,7 milhões em VBP. Destaque para Bituruna, Palmeira e Mallet, na região mais ao sul do Estado.
A uva de mesa foi cultivada em 1.847 hectares de 217 municípios. Foram produzidas 30 mil toneladas, que resultaram em R$ 204 milhões em VBP. Os principais produtores foram Marialva e Uraí, na região Norte, e Rosário do Ivaí, no Centro do Estado.
VINICOLAS - As vinícolas paranaenses presentes no festival são: Araucária, Bertoletti, Betiatto, Costantini, Cooperante, Di Turra, Durigan, Família Fardo, Franco Italiano, Legado, RH, Vô Vito e Zanlorenzi. A Queijaria Estância Baobá, de Jaguapitã, e Cornélia, de Arapoti, oferecem os queijos.
O festival acontece até as 20h neste sábado (7) e das 12h às 18h no domingo (8). A entrada é gratuita, mas para participar da degustação dos vinhos é necessário adquirir a taça de cristal personalizada do evento ao custo de R$ 40 (primeiro lote). A taça dá direito a uma dose de boas-vindas e as demais doses serão comercializadas a partir de R$ 7.
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Festival no MON mostra força do vinho paranaense à mesa e no turismo
Foto: Evandro Fadel/SEAB
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Foto: Evandro Fadel/SEAB
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Foto: Evandro Fadel/SEAB
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Festival no MON mostra força do vinho paranaense à mesa e no turismo
Foto: Evandro Fadel/SEAB
O Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, foi palco neste fim de semana de um evento que reforça o potencial do Paraná na produção vitivinícola e no turismo rural: o IV Festival Vinopar do Vinho Paranaense. Promovido pela Associação dos Vitivinicultores do Paraná (Vinopar), o festival reuniu produtores, autoridades e visitantes interessados em conhecer os sabores e as histórias por trás dos vinhos locais. A entrada foi gratuita e o evento contou com ampla programação até domingo (8).
A iniciativa conta com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), e faz parte das ações do programa Revitalização da Viticultura Paranaense (Revitis), criado em 2019 com foco no fortalecimento da cadeia produtiva da uva e do vinho.
Durante a abertura, o secretário estadual das Cidades, Guto Silva, destacou o empenho dos vitivinicultores paranaenses diante dos desafios climáticos e estruturais da atividade. “Fazer viticultura no Brasil é desafiador, mas os produtores do Paraná têm mostrado garra e cooperação. Essa persistência gera emprego e movimenta a economia regional”, disse.
Já a diretora-geral da Seab, Camila Aragão, ressaltou o valor do evento como vitrine da agricultura familiar. “Apoiar essas iniciativas é reconhecer o trabalho das pequenas vinícolas, que têm feito um trabalho primoroso, semelhante ao que vemos em outras áreas da agroindústria, como as queijarias artesanais”, afirmou.
Mais do que um encontro para apreciar vinhos, o festival celebrou a integração das comunidades e o fortalecimento do enoturismo. Renato Adur, superintendente de Relações Institucionais do governo estadual, lembrou que a cultura da uva representa muito mais do que uma bebida: “Ela une as pessoas, gera festas, fomenta a produção de geleias, tortas, sucos e envolve toda uma rede comunitária.”
Crescimento e reconhecimento
O presidente da Vinopar, Claudinei Bertoletti, celebrou o crescimento da produção paranaense e o reconhecimento nacional e internacional dos vinhos do Estado. Segundo ele, a qualidade vem aumentando graças à adoção de novas tecnologias e ao intercâmbio de conhecimento entre as vinícolas. “O festival mostra isso, mas é importante também que as pessoas conheçam de perto as vinícolas, que estão cada vez mais abertas ao enoturismo, com restaurantes e pousadas preparados para receber visitantes”, afirmou.
Hoje, a Vinopar conta com 15 vinícolas associadas, espalhadas pelas regiões de Curitiba, Norte e Sul do Paraná. No evento, 13 delas apresentaram mais de 80 rótulos ao público, incluindo a Araucária, Betiatto, Família Fardo, Franco Italiano, Legado e Zanlorenzi. Duas queijarias artesanais também marcaram presença com produtos típicos do interior paranaense.
O papel do Revitis
Com quatro eixos de atuação – produção, comercialização, turismo e agroindústria –, o Revitis já beneficiou mais de 400 agricultores familiares, fomentando 40 grupos organizados. Desde sua criação, mais de R$ 7,5 milhões foram investidos, além de outros R$ 700 mil destinados à estruturação de um viveiro de videiras no polo do IDR-Paraná em Santa Tereza do Oeste.
Para o coordenador do programa, Ronei Andretta, a evolução é clara: “O vinho paranaense está se destacando não só pela qualidade, mas pelo impacto positivo que gera nas comunidades envolvidas.”
Produção em expansão
A viticultura no Paraná tem raízes históricas profundas, introduzida por imigrantes europeus no século 19. Apesar das dificuldades nas décadas seguintes, a atividade vem se reinventando com variedades adaptadas ao clima local e sistemas de cultivo mais modernos.
Em 2023, 143 municípios produziram uvas para transformação, com uma área total de 1.513 hectares e 15.774 toneladas colhidas. Já a uva de mesa alcançou 30 mil toneladas, com destaque para Marialva, Uraí e Rosário do Ivaí. No total, a produção gerou um Valor Bruto de Produção (VBP) superior a R$ 260 milhões.
Festival celebra tradição e futuro
Mais do que uma celebração da bebida, o Festival Vinopar simboliza um momento de virada para a vitivinicultura paranaense. A iniciativa mostra que o vinho do Paraná tem potencial para ocupar um espaço cada vez mais relevante no mercado e no roteiro turístico nacional. Com o apoio de políticas públicas e a dedicação dos produtores, a cultura da uva volta a florescer e a colocar o Paraná no mapa dos grandes produtores brasileiros.