O vazio sanitário da soja para a safra 2025/26 no Paraná terá início no dia 2 de junho, com cronograma escalonado entre três regiões do estado. A medida, determinada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, tem como principal objetivo conter a ferrugem asiática, uma das doenças mais severas que afetam a cultura da soja.
O escalonamento leva em conta os diferentes microclimas paranaenses, promovendo um controle mais eficaz do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem. Durante o vazio sanitário, fica proibido cultivar ou manter plantas vivas de soja no campo, eliminando possíveis hospedeiros do patógeno.
A fiscalização será feita pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), que também é responsável por garantir o cumprimento dos prazos de plantio no estado. Os produtores que desrespeitarem a regra estarão sujeitos a penalidades.
De acordo com o chefe do Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar, Paulo Roberto de Paula Brandão, a colaboração dos agricultores é essencial para o sucesso da medida. “O vazio sanitário permite retardar o aparecimento da doença e reduzir a necessidade de aplicações de fungicidas, o que contribui para manter a eficácia dos produtos disponíveis”, explicou.
O coordenador da área de Prevenção e Controle de Pragas da Adapar, Marcílio Martins Araújo, destacou que até mesmo áreas marginais, como beiras de estradas e cultivos de inverno, devem ser monitoradas e limpas de qualquer planta de soja voluntária.
Datas por região:
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Região 1 (Sul, Leste, Campos Gerais e Litoral):
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Vazio sanitário: 21 de junho a 19 de setembro
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Plantio permitido: 20 de setembro de 2025 a 20 de janeiro de 2026
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Região 2 (Norte, Noroeste, Centro-Oeste e Oeste):
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Vazio sanitário: 2 de junho a 31 de agosto
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Plantio permitido: 1º de setembro a 31 de dezembro de 2025
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Região 3 (Sudoeste):
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Vazio sanitário: 12 de junho a 10 de setembro
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Plantio permitido: 11 de setembro de 2025 a 10 de janeiro de 2026
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A antecipação do início do vazio na Região 3, anteriormente fixado para 22 de junho, foi um pedido conjunto da Adapar com o setor produtivo, e aprovado pelo Ministério.
O respeito a essas datas é crucial para conter a disseminação da ferrugem asiática, protegendo a produtividade das lavouras e reduzindo os custos com defensivos.