Rosas ganham força no Paraná com chegada do Dia das Mães

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Foto: Orlando Kissner/ANPr

A proximidade do Dia das Mães, uma das datas mais simbólicas para o setor de flores no Brasil, impulsiona a atenção para o cultivo de rosas no Paraná. Em 2023, dez municípios paranaenses se destacaram no cultivo dessa flor tradicional, totalizando uma produção de 265,8 mil dúzias, com receita bruta estimada em R$ 4,5 milhões.

O principal polo de produção está na região de Maringá, com destaque para o município de Marialva, responsável por 37,6% do total produzido no estado – cerca de 100 mil dúzias e um faturamento de R$ 1,7 milhão. Araruna, na região de Campo Mourão, aparece como o segundo maior produtor, respondendo por 30,1% do total, com 80 mil dúzias colhidas.

Segundo o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, do Departamento de Economia Rural (Deral), mesmo com a floricultura ainda pouco explorada em território paranaense, há sinais claros de crescimento e consolidação da atividade onde ela já está estabelecida. Essa avaliação está no boletim agropecuário divulgado pela Secretaria de Agricultura do Estado, que destacou as rosas em virtude do Dia das Mães.

Apesar de representar apenas 1,8% da floricultura paranaense em geral, a produção de rosas corresponde a 8,6% do segmento de flores, sendo uma das principais espécies ao lado de orquídeas e crisântemos. No total, 35 outras espécies são cultivadas no estado.

Ao longo da última década, a produção de rosas oscilou significativamente. Em 2017, o Paraná atingiu o pico com 950,1 mil dúzias colhidas. No entanto, em 2021, durante a pandemia, a produção caiu para 168,5 mil dúzias. O dado mais recente aponta para uma produção de 265,5 mil dúzias em 2023 – uma redução de 21,8% em comparação a 2014.

Ainda assim, o Valor Bruto da Produção (VBP) das roseiras manteve-se praticamente estável ao longo do período, com uma leve queda de apenas 0,5%, passando de R$ 4,5 milhões para R$ 4,48 milhões. No mesmo intervalo, a floricultura geral registrou crescimento de 8,1%, com VBP atual de R$ 249,6 milhões.

Outros destaques do boletim agropecuário

Além das flores, o boletim trouxe dados sobre outras culturas importantes no Paraná:

  • Sorgo-vassoura: Presente em 162 municípios, ocupa 2,1 mil hectares com produção de 4,7 mil toneladas e VBP de R$ 69,7 milhões. Paiçandu, Jesuítas e Londrina lideram a produção.

  • Soja: O Paraná exportou 3,37 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 18,7% em relação ao mesmo período de 2024, influenciada pela menor demanda chinesa.

  • Feijão: A colheita da segunda safra alcançou 22% da área, gerando mais de 120 mil toneladas em abril. O preço da saca de feijão preto caiu 16%, fechando o mês a R$ 140,20.

  • Leite: O preço ao produtor subiu 2,3% em abril, atingindo R$ 2,87 por litro. No varejo, o leite longa vida teve aumento de 4,5%, vendido a R$ 5,27.

  • Suínos: O setor de abate gerou 28.320 empregos formais até dezembro de 2024, crescimento de 2,1%. Na criação, o Estado registrou 5.431 empregos, um acréscimo de 3,7%.

  • Ovos e frangos: O preço da caixa com 30 dúzias de ovos tipo grande chegou a R$ 179,82 em abril, 28,5% acima do valor de janeiro. Já o frango vivo foi vendido a R$ 5,07/kg, com alta de 13,7% em relação ao início do ano.