
A colheita de pinhão no Rio Grande do Sul para 2025 deve atingir aproximadamente 860 toneladas, conforme previsão da Emater/RS-Ascar. A Serra Gaúcha, Hortênsias e Campos de Cima da Serra seguem como as principais regiões produtoras, devendo somar mais de 600 toneladas. O Planalto contribuirá com cerca de 110 toneladas, enquanto as regiões do Centro Serra e Serra do Botucaraí deverão produzir juntas aproximadamente 150 toneladas.
As projeções indicam estabilidade na produção em algumas localidades, enquanto outras podem registrar aumento entre 10% e 20%. No entanto, certas regiões podem enfrentar quedas na mesma proporção devido a fatores climáticos. “A ocorrência de secas frequentes, chuvas intensas no final do inverno e início da primavera, além do ciclo natural da Araucária, afetam diretamente a colheita”, explica a engenheira florestal Adelaide Ramos, da unidade regional de Caxias do Sul da Emater/RS-Ascar.
A colheita, transporte e comercialização do pinhão no estado começaram oficialmente em 1º de abril, seguindo a Lei Estadual nº 15.915/2022. Essa legislação busca equilibrar a exploração econômica com a preservação da Araucária angustifolia, espécie ameaçada de extinção. Apenas sementes maduras e em estágio deiscente podem ser colhidas, enquanto o corte da árvore permanece proibido.
A tradição do pinhão está fortemente ligada à cultura regional e à economia local, principalmente para as famílias que dependem do extrativismo. “O pinhão é um produto essencial para a geração de renda e para a segurança alimentar das comunidades rurais”, destaca o engenheiro florestal Antônio Borba, assistente técnico estadual da Emater/RS-Ascar.
Conforme a colheita avança, a Emater/RS-Ascar segue monitorando a produção para confirmar as previsões e avaliar os impactos das condições climáticas sobre a safra.