Paraná lidera crescimento na contratação de mulheres na indústria de suínos

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Granja de suínos Dinei Stuani. Toledo 06-2021. Foto: Ari Dias/AEN

O estado do Paraná desponta como um dos principais empregadores de mulheres na indústria de frigoríficos de suínos no Brasil. Em 2023, foi a região que mais evoluiu na contratação feminina nesse setor, sendo responsável por 65% das vagas geradas no país. Atualmente, é o segundo maior estado em empregabilidade feminina no setor, ficando atrás apenas de Santa Catarina.

Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 2023, e analisados pelo Boletim de Conjuntura Agropecuária da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O estudo mostra que, em 2023, o Brasil contava com 119.546 trabalhadores na indústria de suínos, sendo que 49.666 (42%) eram mulheres. No Paraná, 12.425 dos 27.745 empregos formais no setor eram ocupados por mulheres, representando 45% do total. Santa Catarina e Rio Grande do Sul registraram 13.776 (41%) e 7.572 (42%), respectivamente.

A expansão das vagas femininas no Paraná foi notável, com 1.828 novos postos preenchidos em 2023, correspondendo a 65% das 2.802 novas vagas criadas no país. Minas Gerais ficou em segundo lugar, com 241 novos empregos para mulheres no setor.

No segmento de criação de suínos para carne, banha e sêmen, o Brasil fechou 2023 com 8.593 mulheres com vínculo formal, o que representa 25% dos 34.089 trabalhadores. Santa Catarina lidera esse segmento, com 1.804 funcionárias (35% do total estadual), seguido por Minas Gerais, com 1.728 (19%) e Paraná, com 1.500 (29%).

Outros setores do agronegócio paranaense

No mercado de bovinos, houve uma estabilização nos preços da arroba devido à pressão dos frigoríficos por valores mais baixos e ao aumento no abate de fêmeas. Ainda assim, o preço da arroba bovina foi comercializado a uma média de R$ 311,95.

As exportações de frango também apresentaram crescimento significativo. Em janeiro de 2025, o Brasil registrou um aumento de 20,7% no faturamento, somando US$ 809,6 milhões. O Paraná liderou o segmento, exportando 180,7 mil toneladas no mês, um aumento de 9% em relação ao mesmo período de 2024.

A colheita da soja no ciclo 2024/25 está avançada, com 72% da área total de 5,77 milhões de hectares já colhida. Enquanto a região Sul do estado apresenta boas condições climáticas para a safra, outras regiões enfrentaram dificuldades, afetando a produtividade.

O Paraná também se destacou na produção de alho em 2023, ocupando o sétimo lugar no ranking nacional, com 1,7 mil toneladas colhidas em 323 hectares. Para impulsionar o setor, o estado sediará o Seminário Estadual Projeto Alho Livre de Vírus, nos dias 18 e 19 de março, em Umuarama, promovido pelo IDR-Paraná e Embrapa Hortaliças.

Na produção de batata, a segunda safra de 2025 está estimada em 342,6 mil toneladas, um crescimento de 20% em relação ao ciclo anterior. Com a colheita já iniciada, 7% da área plantada está sendo colhida, especialmente na região de Guarapuava, onde as condições climáticas têm favorecido a produção.

Os dados reforçam a importância do Paraná no agronegócio brasileiro, tanto na geração de empregos femininos no setor de suínos quanto na liderança em outras atividades produtivas do campo.