O Brasil vem se consolidando como uma das nações mais promissoras na redução de emissões de carbono na produção agrícola, especialmente na cadeia do trigo. Um levantamento recente mostra que o país apresenta índices de emissão de CO₂ significativamente menores do que grandes produtores mundiais, como China, Itália e Índia. Em comparação, referências globais em sustentabilidade, como Austrália e Alemanha, registram médias próximas a 0,35 kg de CO₂ por quilo de trigo — uma meta que o Brasil se aproxima cada vez mais com o avanço das tecnologias aplicadas no campo.
Outro destaque do estudo é a análise da produção de farinha, desenvolvida em parceria com uma moageira do Paraná. Os resultados apontam uma pegada de carbono entre 0,67 e 0,80 kg de CO₂ por quilo de farinha, números mais baixos que os observados em países europeus. Essa vantagem está diretamente ligada ao uso crescente de energia solar nas moagens e à eficiência do cultivo de sequeiro, que dispensa irrigação e reduz significativamente o consumo energético.
Esses dados reforçam uma percepção cada vez mais presente entre os produtores: é possível produzir com eficiência e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente. De acordo com a Embrapa, as conclusões da pesquisa servirão de base para o desenvolvimento de novos modelos de produção sustentável, que poderão beneficiar não apenas o trigo, mas também setores interligados, como o de carne e biocombustíveis.
Com práticas de manejo mais inteligentes, adubação equilibrada e investimento constante em inovação, o agricultor brasileiro se torna peça fundamental na construção de uma agricultura de baixo carbono. Essa transformação não apenas fortalece a produtividade e reduz custos, mas também consolida o Brasil como um dos líderes mundiais na produção agrícola limpa e sustentável.










